setembro 21, 2005

Vénus e Marte, de Botticelli

A pintura florentina da segunda metade do séc. XV sofreu uma transformação cultural que evoluiu de uma cultura cívica para uma cultura palaciana, em grande medida pelo poder e influência dos Médicis.

Vénus e Marte, de Sandro Botticelli (1445-1510) ilustra essa mudança.

Vénus e Marte, 1480


Vénus, a Deusa do Amor - aqui ricamente trajada e com uma postura vigilante - conquistou Marte, o Deus da Guerra, que - despojado de pensamentos bélicos - dorme no chão, rodeado pelos faunos.
Vénus e Marte refletem o amor espititual, que se sobrepõe à violência.


"O Pensamento Platónico alia-se ao Cristianismo sob a forma de tensão erótica"


É curioso como Vénus, em aparente estado de alerta, tem uma postura algo descontraída, enquanto Marte, com a cabeça reclinada, sugere algum movimento, pela postura dos braços.


detalhe

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