setembro 11, 2008

consciência do tempo, ou tempo da consciência

A arte de Kim Prisu, beirão a quem Torga certamente não chamaria “estrangeiro”, está na origem da nova figuração surgida nos idos de oitenta do século passado, em contraponto à tendência conceptual e minimalista que vinha da década de 60; Durante o período que passou em Paris, KIM PRISU desenvolveu a arte “Videomatik”, um universo de forte ressonância, enriquecido por uma multidão de Culturas urbanas e a doce violência da natureza do campo luminoso, o que conferiu à sua obra um forte contraste entre as cores duma sociedade de consumo (Eléctricas e saturadas) e as da Terra nutridora.




A sua obra está submetida a uma permanente transformação, existindo uma relação entre as tensões exteriores e interiores, a representação expressiva dos estados humanos, uma expressão de Médium, numa crítica das suas possibilidades artísticas e sociais. Poesia do efémero, ligação entre os elementos textuais que escapam a qualquer lógica evidente, poética fragmentária; conduzindo-se aos saltos, sendo por vezes contraditória da realidade.

Em 1989 KIM PRISU criou o espírito Nuklé-Art e em parceria com A. L. Tony, construiu uma Aldeia Cultural em Aldeia da DonaHoje podem-se ver várias esculturas e mobiliário de sinalética ligadas à memória cultural do sítio onde estão erguidas.