agosto 23, 2007

con amore, senza impegno...

do meu querido amigo Nadir Bonaccorso.



aço escovado e vidro fosco
25 cm x 5 cm x 5 cm




aço escovado e madeira





aço escovado e vidro fosco
40 cm x 10 cm x 10 cm

agosto 13, 2007

O Tempo dos Sonhos



“Com Mário Rita as diferentes qualidades/características espaciais tornam-se evidentes através das subtis manipulações dos corpos e linhas geométricas: as casas prolongam-se indefinidamente até aos limites da tela, os corpos (como em Alice) chegam aos confins, para lá do olho.
O corpo surge não só como modo de ocupação dos espaços pictóricos que Mário Rita desenha, mas como prolongamentos naturais de todas as formas geométricas: lembrem-se as passagens na Alice de Lewis Carrol em que o corpo de transforma em casa e a casa no corpo.
Não é o caso em que a minha casa é o meu corpo, mas o paradigma é o de a minha casa ter de ser feita à medida do meu corpo, para o meu corpo habitar: um princípio fisionómico em que o homem é a medida padrão de todas as grandezas.
Em última instância, trata-se da descoberta da coincidência do corpo humano com a génese da ocupação/utilização que as formas fazem no espaço, isto é, com a própria arquitectura”.



Alice significa, em termos filosóficos, que a percepção que se tem das coisas está sempre a sofrer alterações: atribuem-se significados e qualidades às coisas não com base num critério objectivo, físico, verificável, mas porque o nosso aparelho sensitivo vai estabelecendo com essas coisas diferentes relações.
Sendo esta a base das qualidades do mundo, tudo passa a inscrever-se num horizonte de instabilidade.





Textos de Nuno Crespo

A Exposição de Mário Rita pode ser visitada no Museu da Cidade até 2 de Setembro