abril 28, 2006

Colecção Rau - Canaletto



Esta obra de Canaletto (1697-1768) pertence ao período mais luminoso do pintor vedutista (de vista, paisagem, perspectiva), que se iniciou como cenógrafo.
Por esse facto, as figuras surgem salpicadas, como se de uma peça de teatro se tratasse, com a finalidade de dar vida à fachada palaciana.
É a celebração da própria história de Veneza que aqui vemos, numa grandiosa coreografia.

abril 17, 2006

abril 14, 2006

Hércules e Ônfale, de François Lemoyne

Entre o mito e a saga heróica, Hércules, o deus protector dos homens e guardião das cidades, de regresso a Tebas após ter realizado os Doze Trabalhos, teve um acesso de loucura e matou Iphitus.
Procurou então o perdão do deus grego Hermes, que o condenou a três anos de servidão à rainha Ônfale, de quem se tornou amante.




A humilhação de Hércules ao serviço de Ônfale, simboliza nesta obra de Lemoyne (1688-1737) o domínio da mulher - grandemente ilustrado no final do Período Barroco - , é visível pela troca de adornos: o semideus, coberto por um drapeau de motivos dourados, executa uma tarefa feminina, segurando um fuso e uma roca, enquanto a rainha se cobre com uma pele de leão.



O pôr-do-sol em fundo deixa antever a noite de amor que se aproxima.




Enrolada na pele de leão de Hércules, Ônfale tem o peito descoberto, deixando visível a tonalidade clara da sua pele, em contraste com o tom bronzeado do amante.






Com o cabelo solto sobre o peito, Ônfale inclina-se num suave abraço a Hércules, cujo rosto, na penumbra, deixa mais visíveis os seus atributos físicos.





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